Persona x Detective Naoto: Presságio

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Persona x Detective Naoto:
Prológo: Presságio

A hora do rush da Estação Yagokoro tinha apenas começado quando a plataforma foi tingida em carmesim.

“―O trem expresso limitado para Inaba agora está passara na plataforma de número 3. É perigoso, então por favor mantenha-se atrás da linha branca.”

A razão para o congestionamento da estação era o simples fato de serem 17:30, o horário de encerramento das aulas do Colégio Yagokoro e do fechamento de escritórios próximos. A estação lotada era confusa pelas várias conversas misturadas.

“―Ah, sim, não é hoje? O dia voto no Site da Meia-noite? Você vai?”

“É claro. É mais excitante que os programas de TV comuns e entediantes, você sabe. Em qual vai votar?”

“Não há outra opção além de culpa. Sem espaço para simpatia, certo?”

De alguma forma, isso era uma característica dos japoneses? A linha de pessoas esperando pela chegada do trem era alinhada. Por isso era visível ver a garota vestida no uniforme do Colégio Yagokoro que se movia em direção a linha.

As pessoas olhavam as ações incompressíveis da garota com o pensamento de “Ela está furando a fila?”, uma das garotas na fila, uma estudante que vestia o mesmo uniforme, gritou em uma voz irritada para a garota que passava em sua frente, “Ei, você! O que pensa que está fazendo?” Contudo, as palavras de protesto não continuaram.

No momento em que ela viu a expressão da garota, sua voz sumiu.

Ela tinha um rosto pálido, desprovido de vida. Ela vagou com seus olhos sem foco e mirando o vazio. Não só as reclamações da outra estudante, mas nem mesmo os ruídos da estação, entravam em seus ouvidos.

Finalmente, em passos instáveis, a garota atravessou a linha branca. Esperando expectante na frente dos sapatos da garota estava uma fenda. O limite ente a plataforma e o trilho.

“E-ei! É perigoso, fique atrás da linha branca por favor!”

Aturdido um funcionário da estação, cujo os olhos estavam fixos na garota, aumentou seu tom de voz, mas o grito urgente foi tristemente abafado pelo estrondo do trem expresso limitado e seu longo corpo que parecia um dragão cruzando a plataforma. Então a súbita percepção. A figura da garota já não estava mais na plataforma.

—No outro momento, o chiado dos freios do trem dividiu o céu escarlate como o grito do dragão.

A multidão ficou barulhenta, querendo saber o que havia acontecido e como. Foi instantâneo. A plataforma foi completamente envolta em um pandemônio. As garotas gritavam, os garotos murmuravam, os idosos recitavam orações budistas, as crianças tremiam, choravam e gritavam. A cena cotidiana da estação se transformou em uma imagem do inferno.


O vermelho fresco espalhado pelo trilho do trem era a cor do desespero. Não havia mais a figura de uma garota. Ela havia se tornado uma flor. Uma flor feita de sangue fresco. Aquela flor mais vermelha que o pôr-do-sol era a prova impiedosa de que a vida da jovem garota havia desaparecido desse mundo.

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